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O homem é o unico animal que sabe que vai morrer

Sem a morbidez que possa parecer, saber de sua morte torna-se imperativo viver....

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A Maçã sem Ç


Nossa percepção se torná obvia demais, as vezes é preciso dualizar seu significado, tirar alguma gráfia, retê-la não é bom, mas transformá-la em imagens multi-uso, ai nos aproximamos de outra percepção, a qual chamaremos A Maça sem Ç.
A Borboleta sem B, o espartilho sem E, ou oque quisermos

terça-feira, 18 de maio de 2010

O tempo parou


Minha percepção ostracista por vezes me trai, prega peças, e digo que nenhum dramaturgo poderia dirigi-la, existem sim coadjuvantes reais que vez ou outra roubam a cena, mas de tanto procurar por luzes, por muitas vezes fiquei atrás das cortinas, e eram cerradas e especas, a onde se via a vida como um filme que passava em ondas sinápticas
Os dias que seguem, eles simplesmente acontecem, mesmo que eu não o veja, suas ranhuras em minha face me dizem que sim.
Se prestarmos atenção demais, os segundos, as horas , elas são apenas a suas esperas, e se esperar é como acontecer, digo que vezes isso não se concretiza, então achamos que perdemos tempo com coisa qualquer.
A menina que atravessa a rua sem olhar, a pessoa que cruzamos aos montes , esbarramos em seus ombros, e depois talvez e quase sempre nunca mais as veja, são metáforas para nossos sonhos diários, que se refletem em alguma noite cenas improváveis, pesadelos desconexos, rostos de areia que se desmancham na cápsula neuronal, assim como tantas idéias que julgamos iconoclastas, de ser algum pichado de monumentos , de tirar os dentes de Tira Dentes.
O tempo parou por algum tempo, mas se parou ,então não se pode contá-lo, e na mescla dessas almas ainda densas achamos que por um momento o retemos, ledo engano! Ele apenas espera a sua espera, e se torna prudente que não percamos nosso sono, nossa deidade interior.
O tempo me tem e eu o tenho.

Metempsicose


Grego - Meta: Mudança, tem: em + psquê: alma

quinta-feira, 13 de maio de 2010


Subi a ruazinha de pedra, e ia olhando para cima a omde não tinha ninguem.
Por mais que eu subisse notei que não é preciso subir a lugar algum, quando se quer mudar, quando se quer encontrar, uns sobem e outros descem, existem bondes antigos e aviões modernos, existem caminhos para cima e para baixo.
Existem laranjas que rolam pela ladeira, e existem laranjas que desafiam a gravidade.

O perfume


As flores foram oferecidas uma a uma
Algumas pessoas quiseram
Outras queriam apenas seu perfume, e se pudessem aprisioná-lo, então fariam.

As flores são suas, e também não as são, depende como se colhe, e se a colheita que queres tanto for abastada, então te digo que você não as terá de fato, existe uma leveza de seu ser que não permite tocá-las de coração vazio, então há de querer apenas o necessário, e seu bálsamo te seguirá onde fores.

Os segundos que te guiam, são apenas extinto de suas horas, e não basta crer, é preciso ter os aromas de varias coisas que até então desprezavas.
Existe o cheiro de um tempo, que para se fazer entender em somáticas lembranças, te darão lagrimas e também o riso.
Os segundos que contas desesperada, não se tem, não pode ser assim, então o olfato toma conta e devagar aprenderás oque as flores que são desde os simples matos que decepava, aos lírios que almejava, podem te acompanhar.

As flores foram oferecidas uma a uma, e depois as pessoas seguiran devagar pelas estradinhas da velha fazenda de arrozal,encontraram uma velho aprisco, acenderam uma pequena foqueira e o sono veio como muma briza leve.

O perfume agora estava solto.

Heber

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Vórtices


São de leveza constante, sua massa é incaulável, seu centro gravitacional não gira em torno de nada, e se nada fosse ninguém, seria como uma multidão fadada ao extermínio natural, pois que seus espíritos aqui não cabem mais, não se projetam para nenhuma onda, então não vão, e se não vão, preciso é que se renovem, no escuro espaço das erraticidades.
Os ventos que seguem levam onde cálculos não somam, de longe é palavra passada, então anos e anos, e finalmente diremos anos luz para contemplar essa imensidão, que nossos vocábulos, quais o balbuciar de uma criança em tenrra idade parece.
Não emitiremos sons antigos de comunicação ancestral, faremos da energia correlata e ambígua, mesmo dividida nossa soma de idéias, e mesmo que conflitem em resultados, saberemos que somos passageiros de varias estações, de vários lugares, mas o destino será apenas um.
Lentamente como a um holograma, passam-se imagens esmaecidas de outrora. Um menino pequeno corre ao parque, de súbito seu balão de gás se solta e ele o deixa, de sua mão alçar aos céus, e vai olhando com seus olhos marejados, e entende em sua cepção o destino do balão.
Os vórtices são as pessoas, que vão e que vem, umas seguram seus balões até que estourem, e outras os soltam no ar.

Heber

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sondando o véu de Ísis


Tuas noites passaram como a um vendaval anunciado, e o tempo que restou você não viu, e quando se apercebeu quis as noites todas novamente, esqueceu-se que o tempo não retrocede, e vai alem , ele apenas avisa que a hora de seu levantar pode estar acabando, e após o ultimo canto das aves, você não escutará mais nada, e se for assim, te digo que nosso verbo seria acabar, e se houvesse sinônimo dentro destas idéias, diria vazio consciêncial, e por fim que não acreditavas, ao pó das mares .
Agora, você será o nada.
Palavras de um ceifador inaudito.

E se fosse esta a possibilidade de suas noites? Se ao contá-las houvesse apenas um numero que indicasse seu fim de fato, e depois de algum numero, simplesmente você que já não possui mais o seu eu, fluísse ao cosmo donde veio, em quânticas partículas desordenadas, sem lembrança alguma, sem porque do passado, e o mais cruel destino que o nada que agora se tornou pode te afluir? Sim, nós ficaríamos loucos desta loucura.

Heber

Sam - pa

Sam - pa
sp - 2071